São suspiros da terra
presa na tensão
da nossa atenção ao vazio
Das nossas ideias
são as nossas mãos
presas nos anéis da razão e do frio
São piadas do homem
não nos fazem rir
nem demolir o lado mais sério
Das nossas ideias
são as nossas mães
presas nos anais da paixão e do tédio
É o princípio da guerra
devorando o esforço
ao penetrar no dorso do rio
Das nossas ideias
queria ser a planta
quando ouvisse a terra chamando por mim
É por estes e por outros inúmeros exemplos que em época de exames arranjei um espaço forçado no dia de só 24horas para ir ontem ao Sá Bandeira ver um dos maiores e mais promissores poetas e filósofos (mesmo sem o tentar ser) da nossa geração e do nosso Portugal. Com uma obra que foge em tudo aos convencionalismos dos cds tipicamente 12 faixas/3 minutos cada, é a prova que Portugal está presente em peso e qualidade na Musica e que ainda é possível levantar e encher a alma com ideias novas e refrescantes! Aquilo superou terapia, superou qualquer tipo concerto a que já alguma vez fui, saí (eu e muita mais gente) anestesiada por um espetaculo completo, pessoal, honesto e criativo, num Sá da Bandeira resplandecente a matar a fome e o vicio de Manel Cruz. Ontem alguém disse que ele é um homem à frente do seu tempo. Se isso for verdade, fico à espera de um futuro mais que genial e esperançoso :)
É também de deixar uma nota sobre o bom que é encontrar artistas de carne e osso sem presunções e manias de estrelatos! E também deixar um muito bem haja à companhia espectacular, há que repetir :)
Agora pousar os pés no chão e trabalhar, que este curso não se faz sozinho :)
junho 13, 2009
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4 Cenas:
Isso soou-me a "Ouvi dizer - O teu espaço na bragantia".
Elas são perigosas, destemidas, irreverentes e muito mais! ;p
ooooooooooooooo jealousy xD
Grrrrrrrrrr
dsclp nao te responder, mas estava de coma ontem de tão cansada!
Mas o post tá feito.
beijo e juízo
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